Esperança
Dando início neste domingo ao primeiro dia do Tríduo em louvor a nosso padroeiro São Benedito, refletiremos sobre a esperança em meio à tempestade da pandemia que nos rodeia e aflige.
O Papa Francisco afirma que o Senhor interpela homens e mulheres a reavivarem a solidariedade e a esperança que dá solidez e apoio nas horas em que tudo parece naufragar: “O Senhor desperta para acordar e reanimar a nossa fé pascal. (…)” Continua ele a dizer que na Cruz de Cristo fomos salvos, resgatados, curados e abraçados para que nada e ninguém nos separem do Seu amor redentor.
No meio desse isolamento que faz parecer limitação de afeto e encontros, o Santo Padre conclama a ouvirmos o anúncio que falta: “Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz Ele nos desafia a encontrar a vida que nos espera, que nos clama”. Para reforçar e reconhecer a graça que mora em homens e mulheres, Francisco pediu a todos para reacender a esperança.
Também ressaltou pessoas exemplares, que neste tempo de medo, ofereceram a própria vida: “É a força operante do Espírito, derramada e plasmada em entregas corajosas. (…) Mostra como nossas vidas são tecidas por pessoas comuns que não aparecem em manchetes e revistas”. Médicos, enfermeiros, trabalhadores de supermercados, faxineiros, policiais, voluntários, sacerdotes, religiosos e muitos outros compreenderam que ninguém se salva sozinho, e é perante o sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos povos. “Descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: que todos sejam um”. Pais, mães e também professores foram citados por Francisco, que os declarou como essenciais para mostrar às crianças como enfrentar uma crise com esperança. “Quantas pessoas rezam e intercedem pelo bem de todos. A oração, a esperança e o serviço se relacionam, são nossas armas vencedoras”, complementou.
“Abraçar a Sua cruz é abraçar todas as contrariedades atuais, abandonar a ânsia de onipotência para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. (…) Na cruz de Jesus fomos salvos para colher a esperança. Abraçar o Senhor para abraçar a esperança, aqui está a força da fé que liberta de todo o medo (…) Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações”, conclui o Papa.
Como exemplo de esperança, que é uma prova do amor, temos muito próximo de nós, o nosso intercessor e Padroeiro São Benedito. Cada dia, cada momento da vida de São Benedito foram vividos no amor. Seu cuidado para com os doentes não foi de um profissional, foi de um pai. Virava-se de todas as maneiras para que nenhum doente ficasse sem os remédios necessários. E é bom lembrar-nos que no século 16, não havia farmácias como hoje. Tudo era muito difícil e os resultados sempre duvidosos. Mas Deus que acudia Benedito na cozinha, também o acudiu nas enfermidades dos seus confrades, porque na cabeceira deles estava o fiel servo Benedito.
Benedito viveu pouco para os moldes de hoje. Apenas 63 anos. Porém, para quem desejava o céu, como ele, foi uma longa espera. Nunca foi de se poupar, porque segundo ele, diminuía os merecimentos. Desgastar-se por amor de Deus e dos irmãos era contribuir com bom preço para o Reino de Deus, esse era o programa de vida para Benedito.